Comissão é formada para atuar nocombate à dengue devido ao verão.
Lívia Francez
Com a temporada de chuvas se aproximando e a entrada do verão, o Estado pode sofrer um novo surto de dengue, a exemplo do que vem acontecendo há alguns anos. Para conter o avanço da doença medidas precisam ser tomadas antes do início da estação quente.
Nesta sexta-feira (20), a recém formada Comissão de Mobilização e Monitoramento da Dengue se reúne para deliberar diretrizes e traçar as primeiras ações que devem ser colocadas em prática para reprimir o avanço da doença e prestar o devido atendimento à população que venha a ser atingida pela dengue.
A Comissão foi formada a partir de uma mobilização do Conselho Estadual de Saúde e conta um representante da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), um prestador de serviços, um profissional de saúde e dois usuários da saúde pública.
Os casos de dengue registrados na última semana epidemiológica, entre os dias 1 e 7 deste mês, ainda são baixos, mas podem subir a partir da metade deste mês, que é quando os termômetros registram as temperaturas mais altas e podem se estender até fevereiro do próximo ano. A própria Sesa avisa que, apesar de só terem sido notificados 29 casos da doença na última semana epidemiológica, a atenção da população deve ser redobrada, já que, com a chegada das chuvas, os cuidados com a prevenção da doença devem ser redobrados.
Os ovos do Aedes aegypti, que eclodem em menos de trinta minutos após contato com a água, estão em sua maioria presentes no ambiente domiciliar e podem aguardar por até um ano condições favoráveis à eclosão, como água, calor e umidade.
Embora tenha sido formada nesta sexta-feira, a Comissão já era uma necessidade no combate à dengue, uma vez que a epidemia deste ano foi sem precedentes.
Especialistas lembram aos gestores públicos que a responsabilidade pela implementação de políticas de enfrentamento da dengue é do Estado e dos municípios, e não da população. Mesmo com 18 estados conseguindo reduzir o número de casos de dengue, o Espírito Santo apresentou o dobro nos números. A situação é tão alarmante no Estado que o Ministério da Saúde efetuou um repasse adicional de R$ 3.104.031,36 no recurso de Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS) ao Espírito Santo.
Para se ter uma idéia da gravidade dos números capixabas, o estado de São Paulo, com cerca de 40 milhões de habitantes, registrou em 2009 pouco mais de dois mil casos da doença; e o estado do Rio de Janeiro, com cerca de 15 milhões de habitantes, acusou 5.522 notificações, contra 176 mil em 2008.
Encher os pratos dos vasinhos de terra, tampar a caixa d’água e evitar o acúmulo de lixo são medidas simples e capitais para se combater a proliferação do mosquito.
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