domingo, 20 de dezembro de 2009

Cuiabá com piores índices e risco de surto de dengue. A Bahia se une a Cuba num simpósio contra a Dengue.











Cuiabá com piores índices e risco de surto de dengue








Os dados da equipe do Programa de Controle da Dengue de Cuiabá mostram que os 3,5% registrados em novembro (considerado, assim, estado de alerta pela Secretaria Municipal de Saúde) é o maior índice desde o início do ano
 

Cuiabá corre risco de ter um surto de dengue. O último índice de infestação predial (IIP) levantado pela Prefeitura apontou que as larvas do mosquito alcançaram 3,5%. O número exato para que seja considerado um surto é de 3,9%, de acordo com o Ministério da Saúde. A grave situação da doença na Capital foi um dos temas de uma reunião no Palácio Paiaguás entre o governador Blairo Maggi, o prefeito Wilson Santos e o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro.

Os dados da equipe do Programa de Controle da Dengue de Cuiabá mostram que os 3,5% registrados em novembro (considerado, assim, estado de alerta pela Secretaria Municipal de Saúde) é o maior índice desde o início do ano. Em março, o número chegou a 3,1%. No mês de outubro, Cuiabá registrou 2% de infestação predial. Já em novembro do ano passado, a Capital tinha 1,5% de IIP (2 a menos que o atual).

O levantamento ainda constatou que a maioria dos focos foi encontrada nas caixas d"água localizadas no nível do solo, totalizando 29,7 % dos casos. O chamado "lixo da dengue" (com 25,1%) e os materiais de construção (19,8%) são os outros criadores onde mais foram encontradas as larvas. Elas, geralmente, ficam localizadas nas residências.

Outro município que está em situação delicada é Cáceres (225 km da capital). Na semana passada, 2 pessoas morreram por causa da dengue hemorrágica, o pior tipo da doença, chegando a 5 o número de vítimas em um mês. Os 2 pacientes foram internados no Hospital Regional da cidade e morreram pouco tempo depois de darem entrada na unidade. O Ministério da Saúde colocou Cáceres entre os 10 municípios brasileiros com risco de surto da dengue.

Na reunião ocorrida ontem no Paiaguás entre os representantes do Executivo, foi discutidas formas de combate e, principalmente, conscientização da população sobre a doença. Campanhas publicitárias, melhorias na coleta do lixo e até obras públicas estão entre as alternativas.









Foi proposto realizar na Bahia um simpósio Brasil e Cuba contra a Dengue, para que não ocorra o que esta havendo pelo Brasil a fora:









Excelentíssimo,
Senhor Governador Jaques Wagner.

A dengue, uma doença pouco valorizada no Brasil, mas de alto risco e crescente morbidade, se tornou a minha missão de vida. Após ver e ter como exemplo a titânica luta de nosso exemplo maior, o governo da Bahia, que foi a luta, com o médico e secretario Jorge José Santos Pereira Solla  em 2009. Como missão de vida eu ampliei os meus conhecimentos para combater de forma eficaz o vetor, a única saída no momento para enfrentar esta terrível endemia. Estive em Cuba com os meus próprios recursos e conheci um povo que se uniu e esta conseguindo vencer esta luta. Ampliando a amizade com meus amigos cubanos tivemos a idéia de realizar no Brasil, um simpósio de enfrentamento da dengue. Especificamente sobre o combate ao vetor e a melhor forma de se conseguir uma participação da comunidade de forma real e eficaz.  O interesse dos especialistas do Instituto Pedro Kouri é real, só falta o apoio do Senhor. Acredito que com este simpósio, estaremos ajudando ao nosso competente e destemido secretario, que em 2009 foi à luta, correndo o risco de pegar a dengue, mas mesmo assim, esteve presente no mais remoto cantão da Bahia em que havia tal doença. Finalmente eu acredito que a saída e o binômio; Ciência + Educação. Com a ciência teremos meios de tentar eliminar os vetores, mas para acabar com seus criadouros é fundamental a educação, que levara a participação comunitária. A educação sobre a dengue no Brasil, desde a década de 80 não tem apresentado resultado e esta bem longe de ser voltada para a participação comunitária. A sociedade parece estar saturada de mensagens que tentam alterar os seus hábitos domésticos, para evitar cada vez mais a proliferação do mosquito transmissor. O trabalho de combate à dengue é muito mais extenso e pede a participação de toda a sociedade. Acredito que com a participação do nosso governador Jaques Wagner, com a sua grande credibilidade, nos com o secretario Solla, implantaremos uma verdadeira corrente popular de enfrentamento do mosquito vetor e das doenças que ele transmite. Alem desta proposta de um simpósio já acertado com os colegas cubanos, estou terminando com eles um livro e participando na Sociedade Brasileira de Infectologia do projeto de se implantar diretrizes baseadas em evidencias contra a dengue.
Atenciosamente,

Dr. Carlos Henrique Castro.
Hospital Geral de Ipiaú.
Sociedade Brasileira de Infectologia.
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

Rua Siqueira Campos 144 – Ipiaú – Bahia.
chccastro@uol.com.br














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