DENGUE
- Crescimento da população
- Aglomerados urbanos com habitações precárias
- Falta de saneamento básico e coleta de lixo
- Falta de sistema público para controle de endemias
- Falta de um comando único da saúde pública
FatoresIntrodução
Dengue é uma doença febril aguda, incapacitante e com baixa letalidade, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Encontra-se em expansão mundial desde a década de 50; é de notificação compulsória.
As taxas de ataque podem atingir de 50 a 70% da população.
De 100 milhões de casos, 500 mil são hemorrágicos.
O mosquito Tem vôo silencioso e hábitos diurnos, alimentando-se em geral após o nascer do Sol, ou no poente. Pode ficar ativo todo o período diurno em dias nublados.
A fêmea põe ovos em habitações humanas, onde há água parada.
Uma fêmea vive aproximadamente um mês, e uma vez infectada é transmissora até sua morte.
Fisiopatogenia- Invasão do sistema histiolinfocitário pelo vírus;
- Anticorpos preexistentes ligam-se a partículas virais, mas não as neutralizam. Vírus com anticorpos adsorvidos seriam capturados com mais eficiência pelas céluals fagocíticas, o que causaria uma grande expressão viral, levando às características de gravidade.
- Quando não houve infecção prévia, haveria uma rápida resposta anamnéstica de anticorpos, com formação de complexo antígeno-anticorpo,acentuando a infectividade do vírus.
Fisiopatogenia- As lesões diretamente causadas pelo vírus levariam aos quadros deleucopenia e neutropenia e às alterações hepáticas.
- Lesões endoteliais levam ao aumento de permeablidade capilar e extravasamento de líquidos para o terceiro espaço, e isto caracteriza o chamado dengue hemorrágico.
Manifestações ClínicasDengue clássico:
Febre alta, mal estar, astenia, mialgias, cefaléia importante. Dor retro orbitária intensa. Náuseas, anorexia, entre outros. Eventualmente pode haver pequenosepisódios hemorrágicos - entre outros.
Dura cinco dias em média.
Manifestações ClínicasDengue hemorrágico:
Inicialmente iguais ao dengue clássico, com agravamento em torno do terceiro dia: agitação ou letargia, palidez, pulso fino, hipotensão, cianose, diminuição da temperatura.Neste momento detecta-se trombocitopenia e hemoconcentração, por aumento de permeabilidade capilar. Esta hemoconcentração que caracteriza o quadro como de dengue hemorrágico. A acentuação da mesma leva à hipovolemia, que, junto com a plaquetopenia, causam a síndrome de choque do dengue. Assim, o dengue dito hemorrágico pode ocorrer sem manifestações hemorrágicas.
Manifestações Clínicas
(cont. dengue hemorrágico)
Dor abdominal difusa e hepatomegalia dolorosa podem ocorrer.
A queda progressiva de plaquetas e a elevação do hematócrito indicam choque iminente, com dor abdominal intensa e persistente, letargia ou agitação, sudorese, queda da pressão arterial, que persistindo causa acidose metabólica e coagulação intravascular disseminada, deflagrando importantes hemorragias.
Manifestações LaboratoriaisLeucograma - como na maioria das doenças virais, cursa com neutropenia e leucopenia, padrão que pode estar ausente nos primeiros dias.
Plaquetas - trombocitopenia pode ocorrer na forma hemorrágica, em que os níveis podem ser bastante baixos.
Hematócrito - a hemoconcentração é que define um caso como dengue hemorrágico. Assim, este parâmetro, associado à contagem de plaquetas, é o dado laboratorial mais importante na avaliação de um paciente com suspeita de dengue.
Manifestações LaboratoriaisTransaminases - podem chegar a quatro vezes o limite superior da normalidade.
Albumina - em geral está diminuída devido à sua passagem para o espaço intersticial.
Exames Radiológicos - podem ocorrer derrames serosos, como para pleura ou pericárdio, que não devem ser drenados ou puncionados.
Diagnóstico sorológico - de utilidade limitada. O manejo dependerá do diagnóstico clínico, e não de sua confirmação sorológica.
Manifestações LaboratoriaisFatores de Coagulação - Há alargamento do TAP e PTT, diminuição do fibrinogênio e redução dos fatores II, V, VII, X e XII.
Gasometria arterial - na síndrome de choque do dengue, há grave acidose metabólica, de instalação rápida e difícil reversibilidade.
EAS - pode revelar hematúria.
PrevençãoNão há imunização passiva ou ativa contra a infecção.
O combate às formas aladas do vetor, como no caso do 'fumacê', é ineficaz.
O controle se faz através do combate às formas larvárias, o que só pode ser alcançado com a conscientização da população. Quando um recipiente não puder ser esvaziado, ou que a água que ele contenha não possa ser inutilizada com desinfetantes, deve-se empregar o inseticida temephos, veiculado adsorvido a grãos de areia.
TratamentoNão há tratamento específico, devendo ser administrados sintomáticos, e tratadas as complicações.
Nas formas menos graves, o paciente deve permanecer em repouso, em sua residência. A febre e a mialgia devem ser tratadas com paracetamol, ou dipirona. Salicilatos não devem ser usados devido ao risco de acidose e sangramento.
A medida mais importante é a hidratação do paciente, por via oral.
TratamentoNas formas graves, o paciente deve ser hospitalizado e hidratado por via intravenosa, se necessário levado à Terapia Intensiva para vigilância da evolução e tratamento adequado das complicações.
BibliografiaTexto dos slides extraído de partes do Informe Técnico do CREMERJ: Dengue, de 2002.
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